William
Woodward

Nem sempre é um único momento decisivo que molda tão drasticamente uma pessoa que todo o seu futuro muda por causa dele, mas foi assim que minha vida como artista começou. Deixei meu emprego, peguei uma mochila e uma câmera e passei vários meses viajando sozinho pelo mundo. Comecei 'Where to Willie' como uma forma de retratar minhas viagens para meus amigos e familiares em casa. O site tornou-se uma forma de retratar a minha interpretação de outras culturas e lugares, escrevendo e fotografando as sutilezas do modo de vida das pessoas e as nuances das viagens de longo prazo. Foi aqui que nasceu a minha fotografia como arte.

Desde aquela expedição predestinada, tenho sido um viajante de coração. Uma vez um grande amigo me disse que eu nunca deveria ter viajado, porque agora não tem como parar, que a alma do viajante está sempre na estrada. Para mim, é assim que uso minha fotografia. Fazer fotografias acalma-me a alma e ao mesmo tempo impulsiona-me a ir mais longe. Se alguém me descrevesse, acho que seria como um sonhador, um idealista ou talvez um otimista em série. Há sempre uma grande luz para perseguir na próxima esquina, e quero estar aqui, ali e em todos os lugares para capturar esse momento fugaz para compartilhar com o mundo. Uma mudança fundamental aconteceu desde aqueles primeiros cliques do obturador, quando comecei tirava fotos porque viajava, mas agora viajo para tirar fotografias, para colecionar memórias.

Meu estilo favorito de imagem é uma imagem que captura um momento no tempo e uma sensação de lugar, aquela que, por mais breve ou longo que seja, você e a foto se cruzam e você é transportado para uma memória. Cada pessoa tem uma vida inteira de memórias que moldam a forma como vêem e se conectam com o mundo, e ser capaz de tirar uma fotografia que desperta algo dentro delas é um sucesso. Assim, o meu processo fotográfico foi desenvolvido ao longo destes anos para tentar capturar o mundo tal como o vejo; cheio de admiração e espanto, do qual todos fazemos parte.